domingo, novembro 06, 2011

Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão

-Paralelas-

quarta-feira, outubro 19, 2011

Às vezes eu quero chorar
Mas o dia nasce e eu esqueço
Meus olhos se escondem
Onde explodem paixões

E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista pro mar
Ou outra coisa pra lembrar

Às vezes eu quero demais
E eu nunca sei
Se eu mereço
Os quartos escuros
Pulsam
E pedem por nós

E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista pro mar
Ou outra coisa pra lembrar
Se você quiser
Eu posso tentar
Mas...

Eu não sei dançar
Tão devagar
Pra te acompanhar

http://www.youtube.com/watch?v=k9_WMHWjz_4


segunda-feira, setembro 26, 2011


Que têm os outros com o universo que há em mim?

Bernardo Soares

segunda-feira, setembro 19, 2011


não sei mais o que vejo refletido
se é o meu passado
ou o instante breve

não me reconheço
não me estranho
só me fito
e admiro esse olhar que se reflete
e em nada se parece com o meu.
olhos fúlgidos, que brilham e exprimem esse quê de gente viva.
os meus, opacos e clarividentes,
já não brilham,
já nem vivem.

domingo, setembro 18, 2011

"Mudem-me os Deuses os sonhos, mas não o dom de sonhar"




-Livro do Desassossego-

domingo, setembro 11, 2011

fecho os olhos. não vejo, mas sou capaz de sentir os estilhaços deixados no caminho.
piso e sinto a dor cortante que me rasga a pele, sinto o calor que me escorre e me insinua sensações vorazes.
se o visse hoje, seria incapaz de reconhecê-lo.
seu rosto, que um dia foi toda a familiaridade materializada em um semblante, hoje não me remete a nenhuma lembrança, a nenhuma sensação.
os estilhaços não só me feriram como me transfomaram.
me fizeram alguém que nunca quis ser, apenas fui me tornando, sem pretensões.
hoje, sou apenas ações. tato, impulso.
porque ser memória e pensamento dói demais.

domingo, agosto 28, 2011








'dedico esta postagem à saudade que sinto'

mentiras

quem sou eu, nessa imensidão da noite?
apenas uma fagulha que permanece acessa, apesar do vento que teima em confrontá-la.
sou quem idealiza toda uma vida além da própria vida, apenas pelo prazer de ser outrem.
como será viver sem ter meu corpo, sem ser quem sou?
ser um homem a mercê das suas próprias vivências, ser uma garota destinada à felicidade.
quantas vidas eu deixo de viver apenas por ser eu?


a noite lá fora é fria e ao mesmo tempo acolhedora.
ela representa todo meu anseio nesse momento exato, o que mais desejo. mas detenho-me aqui, defronte a essa pequena tela, na esperança de que descubram que sou uma farsa; eu nem existo, afinal.

terça-feira, agosto 09, 2011

as lágrimas se confudem com a água que encharca o meu corpo,
correm por ele como a própria correnteza, que escava, que desnuda.
a água não lava,
ela despe, mostra o que há de sujo por debaixo
corrói o meu corpo e me adentra as vísceras, expondo ao mundo o meu interior,
que já não nego nem escondo.

por dentro eu não sou nada.
por dentro... o vazio.

domingo, agosto 07, 2011

eu queria ser aquela que tudo endireita

mas sou eu a que destrói e fere...
eu não tenho medo do amor
tenho pavor do que ele pode me fazer, no que eu posso me transformar através dele
vivi muitos sentimentos nessa curta vida.
e muito deles julguei sendo amor, sem ser.
a cada falso amor que passa, descobrimos que o próximo é o amor que falta e basta
e ele é o amor verdade.
eu julguei não amar este ser
pensei um dia estar enganada quanto ao 'que se sabe sobre amor verdadeiro'
mas estava equivocada
eu o amo
mais que tudo
mais que a mim.

domingo, junho 26, 2011

quantas vezes esse mundo insosso já desabou sobre minha cabeça...
inúmeras.
a cada queda, destruição, derrotas.
o mundo desaba todo dia para que eu possa reconstruir o que dele restar,
pra torná-lo menos mundo, mais medo.
desabar e crescer a cada dia sugam grande parte da minha existência,
exaurem todas as minhas forças.
minha fadiga cotidiana
meu eterno restituir .
a cada dia esse mundo se torna menos meu, mais medo.
mais dele.
se torna o mundo dono de tudo.

quarta-feira, junho 01, 2011

Condicional

"Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
existe alguém pra me libertar."
Rodrigo Amarante

domingo, maio 01, 2011

Minha alegria é triste

Tenho dedos que tendem a me apontar direções, caminhos que devo seguir.
Faço sempre o inverso, sempre traçando rumos contraditórios.
Nunca tive aquela segurança em decidir para onde ir, simplesmente me deixava levar, à deriva.
Mas ultimamente tenho ido onde sinto sua falta.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

pouco tempo

o relógio sempre marca a hora exata
[o instante, a brevidade]
faz um tic-tac mudo.
vivendo só de ponteiros
mas de ponteiros não se vive.
eles rodam o dia inteiro
e voltam pra o mesmo lugar
caladinhos, insolentes...
Círculos sempre foram a maneira mais clara de mostrar que estamos perdidos.

sábado, janeiro 08, 2011

Hoje
vim escrever
e estava vazia por dentro
.
.
.