A gente nunca sabe quando vai ser surpreendido pelo destino.
Nunca sabemos quando é o "nosso tempo". Nosso tempo não é "quando"; é eterno.
Enquanto vamos objetivando planos, o tempo vai seguindo, no gotejar das horas. Sem sequer esperar.
Vamos crescendo, construindo vivências, e, sem perceber, quando abrimos os olhos as coisas estão esgotadas.
Não há mais o que fazer, o que se pensar, pois todos os sentimentos já foram sentidos, e todos os pensamentos já foram pensados.
Só não se esgotaram os sonhos, porque simplesmente não despertaram.
sexta-feira, maio 11, 2012
terça-feira, abril 10, 2012
cena
Hoje eu não quero nada, só inventar conversa, sofrer sozinha.
O silêncio se transforma em eco, segue o longe e retorna, trazendo o sofrimento de ouvir de novo o som de coisa alguma.
A casa era mais feliz quando nela vivia a paz.
A casa era mais feliz quando nela vivia a paz.
Eu podia ser quem eu era, ou quem gostava de ser, sem vergonha, sem surpresa.
Agora esse fardo pesado de fingir semblantes.Quero a liberdade de ter ao meu lado somente o que se passa em mim.
duzentas vidas não valem
Às vezes as coisas só param de fazer sentido, de
significar. A importância outrora relegada àquela causa, hoje perpassa a
insignificância, beirando a quase nada, um anteprojeto dos sentidos. Aquela
memória que fazia estremecer não era senão uma lembrança de outras memórias,
que minha cabeça fez favor de transformar em suas. Porque nada vivemos digno de lembranças
eternizadas. Nenhum momento foi sequer um momento pelo qual se exclama
"deste, devo me recordar por toda vida". Não, foi tudo o cúmulo do
banal. Foi uma sequência de acontecimentos, que despertaram algo adormecido em
mim, nem por isso dignos de infinitude. Queria eu saber eternizar o que tem pra
ser. Mas minha memória sofre desse mal, de reter o inútil, o que não deveria sem lembrado nem em duzentas
vidas. Duzentas vidas não valem o peso do agora.
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