segunda-feira, junho 13, 2016













Invejo os de vida simples.
Que baseiam os seus dias no despertar do sol ou na qualidade das marés...
Invejo esse pescador que em minha frente desenrola sua rede, desprendendo os sargaços, observando os remendos. Diante da canoa envelhecida, perfaz seu ofício, e ai dos que acreditam ser esse um trabalho isento de raciocínio e atenção.
Em seu corpo, negro e altivo, estão impressas as marcas da lida com o mar.
Suponho que carregue entranhado em suas mãos o cheiro dos pescados, como um espécie de auto-afirmação. A resistência de ser pescador, da qual é preciso se vestir todas as manhãs.

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