cheguei fingindo ser esse móbile conurbado e repetitivo,
fingindo ser quem eu sou.
era clara e fatídicamente explicita.
não fazia rodeios, não mudava rotas, não desviava do predestinado.
espargia-me quando cansada.
desenhava suturas quando em chamas.
e só.
não me sobrava tempo.
minutos? nem os soube.
era recortando a pele que eu me encobria
com a pele da pele que vestia.
esgueirava-me numa dança niilista, musa do baile onde o disco arranhado repetia numa melancólica rouquidão:
'bravo pour le clown! ... bravo, bravo!'
Um comentário:
ainda encontro forças para dizer o que faltava no clichê...
"teria coragem de partir sem se despedir?"
estarei sozinho na ilha do sossego, onde construí e destruí um moínho giravento...
muitos depois poderão ler. pouco saberão que os escritos falam de um mundo que seus olhos me ensinaram a ver.
estou muito triste comigo mesmo. "o beijo é a véspera do escarro"?
tenho a impressão de ter iniciado uma busca infinita.
eu, o habitante da sua ausência, amo você como ninguém,pois ninguém eu sou.
http://www.aosolhosdekleinefrau.blogspot.com/
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