sexta-feira, dezembro 22, 2006

Aprendi de cor

Acende a luz. Luzinha azul.
Da cor da parede do meu quarto.
Da cor daquela moldura. Azul. Me lembra imensidão.
Há azul aonde eu me deito, pra onde eu olho e em qualquer coisa que sinta. Azul, a cor da minha mente.
Como aquele passarinho, que sempre traz boas notícias.
Como aquela caneta, que usamos pra desvendar-nos em versos.
A-zul.
Na tela. Na janela. Nela.
Seu vestido bordado, jeitoso, de menina prendada. Mil flores azuis.
E meu céu caindo sobre mim.
Mas não corro, deixo desabar.
Me protege, me guarda, me governa, me ilumina.
Azul.

Nenhum comentário: